quarta-feira, 6 de outubro de 2010

NÃO-PIADAS SOBRE DESIGNERS

06/Oct/2010
Não-piadas com designers


O tempo passa e cada vez mais surgem piadas “do mundo dos designers”. Inclusive até como se nós fizéssemos parte desse outro “mundo”. E o mais curioso, são os próprios designers que fazem essas piadas e repassam, via todas as redes sociais, email, papo de boteco, tudo. E sempre rodam em torno dos mesmos assuntos: baixos salários, comportamento geek (como se ser designer fosse algo geek), trabalhar pelas madrugadas a troco de nada, parentes que não sabem o que ele faz e um certo autismo, já que os próprios designers se vêem como pessoas de um mundo próprio. Aí entra outra questão importantíssima: E os profissionais de marketing, jornalismo, fotografia e todos os outros que também lêem todas essas “piadas”, como ficam? Será que todos entendem a ironia? Duvido. E cada vez que aparece um “ganhar pouco mas se divertir” aumentam mais as chances deles pensarem que com qualquer trocado o designer trabalha. Aí oferecem uma merreca anti-ética por um trabalho e o designer, como tá acostumado a aceitar e se orgulhar disso, topa fazer. E fala de novo. E outros ouvem ou lêem. E tudo se repete pra sempre.

Tem um mês que vi um panfleto que entrou na lista de impressos mais infelizes que já vi, e era de uma das maiores construtoras do Brasil, oferecendo apartamentos a partir de R$ 600.000. É, R$ 600.000 por um ap e não querem gastar R$ 2.000 ou R$ 3.000 pra um freela decente fazer. E aí depois vem gente defendendo a regulamentação da profissão, o ensino do design, cursos e afins, como se isso resolvesse. Até podemos ter problemas macro, mas antes precisamos resolver os problemas micro, de cada profissional.

Defender e propagar esse tipo de coisa é até contra um procedimento de pesquisa de design, que deveríamos saber de cor. Quando começamos um projeto, não temos que pegar referências, ver quais são os melhores benchmarks? Então… Quem reclama dessas coisas, tem quais “designers como benchmarks”? Sério… Dos que eu tenho, nenhum é desse jeito. Paula Scher, Ellen Lupton (veja os posts), Roger Black, Ian White, John Maeda (veja os posts), Sagmeister, Claudio Rocha (veja os posts) , Alexandre Wollner (veja os posts), Claudio Ferlauto (veja os posts), Marcos Mello (veja os posts), Alceu Nunes, Gustavo Piqueira (veja os posts), Hugo Kovadloff. Pergunto de novo: algum deles é esse estereótipo “lunático-geek-autista”? Também respondo: Não.

E se invés dessas bobagens todas, nós designers que pretendemos dar valor à profissão, mostrássemos quão importante podemos ser num projeto? Que tal mostrar como temos visão apurada e holística, interdisciplinar e requerida nos redesenhos disso ou daquilo? Talvez inclusive podemos provar. É só ler jornais ou revistas. O que não faltam são pesquisas que demonstram o design como profissão da próxima década e os motivos disso. E o design estratégico (design thinking), ninguém vai falar nada a respeito?

Então aí vou eu, listar não-piadas de designers. Espero que não sejam engraçadas. Ser designer é:
1. Valorizar tanto o novo como o antigo e saber pegar o que tem de mais legal em cada na hora certa e pra cada aplicação
2. Dar soluções para problemas ambientais com projetos de sustentabilidade
3. Melhorar a ergonomia e quebrar paradigmas que podem ajudar as pessoas a terem menos contusões no trabalho
4. Transformar um supertexto em um “supertexto que dê supervontade de ler”
5. Dar valor aos produtos, sejam eles quais forem, com bom gosto e visual impecável
6. Poder fazer projetos pessoais e sociais que envolvem comunicação e educação
7. Estar um passo a frente por trabalhar com diversas áreas interligadas
8. Ter o cinema, teatro, exposições de arte, literatura e muitas outras “formas de diversão” como referência para trabalhar melhor
9. Usar o design estratégico para guiar um projeto, unindo intuição e algoritmos, alcançando resultados diferentes dos convencionais
10. Tornar tudo mais bonito, usável e agradável, dentro das especificações necessárias para cada um desses projetos
11. Fazer com que um livro seja mais agradável de segurar, carregar e principalmente de ler
12. Criar a identidade pra uma revista que atraia a atenção e desperte vontade nas pessoas em ler e, decerto, ganhar mais conhecimento

E você? Tem alguma não-piada de designer? Deixe nos comentários, por favor.

(veja os posts)Postado por Rogério Fratin em Designice e tem (7) Comentários

Originalmente em:
http://designices.com/nao-piadas-com-designers/

Links dos POSTS:
http://designices.com/tag/ellen-lupton/

http://designices.com/tag/john-maeda/

http://designices.com/tag/claudio-rocha/

http://designices.com/tag/alexandre-wollner/

http://designices.com/tag/claudio-ferlauto/

http://designices.com/tag/marcos-mello/

http://designices.com/tag/gustavo-piqueira/

O mesmo texto está em meu outro blog:
www.discutindodesign.blogspot.com

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

7 elementos básicos para um bom design

7 elementos básicos para um bom design

• Equilíbrio
O equilibro ajuda o cliente decidir como o seu design será interpretado; se um design é assimétrico emoções como curiosidade, animação ou ansiedade já em um design simétrico podemos transmitir calma, paz e tranqüilidade.

• Constraste
Sem diferença não podemos criar contraste; existem diversos elementos que podem ser usados para isso como estilos de fonte, tamanho, cores… cuidado para um contraste ser bem notado ele precisa ser visível.

• Direção
Aqui é onde guiamos os olhos de nosso público alvo, fazemos com que ele olhe para o lugar certo na hora certa; em um layout ou composição podemos dar a direção através de uma linha com o uso de cores, formas e perspectiva.

• Economize
Se um elemento não está fazendo falta então remova-o. Não polua demais o seu trabalho; coloque apenas o necessário para um design econômico e inteligente.

• Ênfase
Você pode guiar seu cliente por seu jardim, pelo seu escritório ou até mesmo pela sua propaganda mas se você não apresentar a ele algo que o interessa tudo vai por água abaixo.

• Ritmo
Repetição, ritmo…. com o uso de contraste, profundidade, você pode dar ritmo a sua peça e fazer com que os olhos do usuário flutuem pelo seu design.

• Unidade
Esse principio é a base do design; apesar de não existir quase nada inteiramente único; a diferença faz a diferença.

Originalmente em:
http://blog.yalp.com.br/8-elementos-basicos-para-um-bom-design/

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Como o Starbucks consegue?

Como o Starbucks consegue

A rede de lojas mundial Starbucks está em toda parte. Muito mais nos Estados Unidos do que no resto do mundo, obviamente. De qualquer forma, lá, onde eles atuam com mais intensidade, a Starbucks concetra seus esforços sem brincadeira.

Prova disso são suas regras para gerenciar mídias sociais. São 10:

1. [Mídia Social] É sobre relacionamento, não marketing.
2. Mídias Sociais se encaixam numa estratégia digital muito maior.
3. Deixe claro onde [a estratégia] começa.
4. Olhe em volta das esquinas.
5. Seja autêntico.
6. Crie coalizões.
7. Se não é importante no Twitter, não é importante.
8. Foque-se em suas respostas.
9. Corra riscos, mas esteja, na maioria das vezes, “certo”.
10. Uma crise econômica é algo terrível de se perder.

Alguns tópicos não são autoexplicativos e têm expressões um tanto quanto metafóricas, mas vale a pena dar uma olhada mais profunda. Por exemplo, quando falam do Twitter tão enfaticamente no tópico 7, estão querendo dizer que ele é uma ótima forma de medição sobre o interesse que o público consumidor pode ter em relação a uma ideia ou um produto. Se for muito comentado em pouco tempo, talvez valha a pena levar a ideia adiante.

Mais sobre essa filosofia interessante do Starbucks no Open Forum.



Originalmente em:



Original em inglês em: